Política

Ministro da Justiça diz que chacina em Sinop é resultado de política armamentista

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), usou as redes sociais para relacionar a chacina que deixou sete mortos, entre elas uma garota, 12 anos, em Sinop, com a polícia armamentista da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O socialista lembrou que são mais sete homicídios brutais, resultado da política de proliferação dos chamados clubes de tiro.

O atirador Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, fazia parte de um grupo de tiro e postava vídeos nas redes sociais praticando, segundo a Polícia Civil.

“Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de “clubes de tiro”, supostamente destinados a “pessoas de bem” (como alega a extrema-direita)”

No início da gestão do presidente Lula (PT), foi editado um decreto promovendo um ‘revogaço’ às portarias e decretos que facilitavam o porte de arma no país, todos editados durante o governo de Jair Bolsonaro.

Lula também determinou um recadastramento até o fim de março de todos que possuem registro de armas de fogo no Brasil. Em coletiva, Dino disse que o decreto provocou uma redução de 60% nos pedidos de registro de armas no primeiro mês do novo governo.

A chacina
Segundo o delegado Braulio Junqueira, a motivação do crime seria a derrota de Edgar no jogo de sinuca para Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, uma das vítimas. De acordo com o delegado, o suspeito e a vítima já se conheciam e tinham jogado valendo dinheiro em outros momentos.

“O Edgar desafiou o Getúlio para uma nova partida na parte da manhã e perdeu várias rodadas de sinuca, totalizando, aproximadamente, R$ 4 mil, que o Getúlio ganhou nas partidas. Edgar e o Ezequias foram embora e retornaram na parte da tarde e, novamente, desafiaram o Getúlio e novamente perdeu, perdeu mais duas rodadas”, declarou.

“Quem iniciou os disparos foi o Ezequias, que matou primeiramente o Bruno, que é o dono do bar. Posteriormente deu um tiro nas costas do Getúlio e depois já no chão deu mais dois tiros na cabeça do Getúlio. E nisso, o Edgar efetuava disparos de espingarda”, disse o delegado.

As vítimas da chacina são:
Larissa Frasão de Almeida – 12 anos [filha de Getúlio, que também foi morto, e de Raquel Gomes de Almeida, que sobreviveu a chacina]Orisberto Pereira Sousa – 38 anos
Adriano Balbinote – 46 anos
Getúlio Rodrigues Frasão Júnior – 36 anos [pai de Larissa e marido de Raquel Gomes de Almeida]Josué Ramos Tenório – 48 anos
Maciel Bruno de Andrade Costa – 35 anos
Elizeu Santos da Silva – 47 anos. Este último chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no hospital.

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